quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dieta Vegetariana na Prevenção do Diabetes Tipo 2

Dr George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas
Outubro de 2006
www.nutriveg.com.br


O diabetes tipo 2 é uma doença que pode reduzir o tempo de vida em até 15 anos e diminuir a qualidade de vida por muitos nas mais. Nos últimos 20 anos o número de crianças afetadas pela doença aumentou 10 vezes, paralelamente ao aumento da incidência de obesidade. À medida que as pessoas se alimentam de alimentos mais ricos (carnes, ovos, laticínios, produtos refinados, óleos e gorduras isolados), elas passam a sofrer das doenças de excesso, que além do diabetes e da obesidade, é o caso também das doenças cardiovasculares e do câncer.


No caso do diabetes, a doença nada mais é do uma resposta do organismo a um processo de superalimentação. É natural esperar que o excesso de calorias consumidas faça com que o nosso peso corporal seja elevado. Quando esse ganho excessivo de peso atinge um patamar que possa levar a danos mais severos, o organismo lança mão de alguns mecanismos de adaptação, visando diminuir a taxa de ganho de peso, como tornar as células mais resistentes ao hormônio insulina. É o estado de resistência insulínica, onde a ação da insulina se torna menos potente. Desta maneira, a sua principal função, que é a de levar gordura e açúcar para dentro da célula, é freada. A lógica deste mecanismo de adaptação é preservar o organismo da exposição à superalimentação, impedindo que o corpo continue a expandir indefinidamente. Como o estímulo externo da superalimentação não cessa, o corpo trata de fazer com que as suas células passem fome, independente da quantidade de nutrientes que esteja sendo absorvida pelos intestinos e levada até a circulação sangüínea. Agora, incapaz de ser absorvido, o excesso de açúcar no sangue passa a ser eliminado através da urina, causando por sua vez danos a outros sistemas do organismo.


O papel da dieta vegetariana na prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 está no fato desta ser mais balanceada na quantidade de nutrientes oferecidos quando comparada a uma dieta onívora, já que é menos provável que uma dieta vegetariana ofereça excesso de calorias e gordura, além de ser mais rica em frutas, vegetais e fibras, que estão relacionados à prevenção de outros fatores de risco associados, como a doença cardiovascular e a obesidade.


Estudos aplicando dietas ricas em fibras e carboidratos e pobres em gorduras (características de uma dieta vegetariana) têm demonstrado, de maneira bastante consistente, a sua eficácia no tratamento da doença. Estudos que datam de três décadas atrás (Kiehm, Anderson, Ward, 1976) já demonstravam a eficácia na redução do uso de insulina em 70% dos pacientes e do uso de medicamentos orais em quase a totalidade dos pacientes. Uma revisão mais recente de estudos (Jenkins, Kendall, Marchie, Augustin, Ludwig, Barnard, Anderson, 2003) que relacionam a aplicação terapêutica de uma dieta vegetariana em pacientes que sofrem de diabetes tipo 2 demonstrou que 39% dos pacientes deixaram de usar insulina e 71% deixaram de fazer uso de medicamentos orais com apenas três semanas de tratamento com uma dieta vegetariana. A característica marcante era, novamente, o fato de esta ser rica em carboidratos complexos e fibras e pobre em gorduras.


É notável também a melhora em outros fatores associados, como a saúde renal. Com um curto tempo de tratamento, a proteinúria (presença de proteína na urina, um sinal de dano renal) diminui e desaparece (Raal, Kalk, Lawson, Esser, Buys, Fourie, Panz, 1994 e Cupisti, 2002). Isto se deve ao fato da dieta vegetariana ser moderada em proteína, diferentemente da dieta onívora, que geralmente oferece uma carga exagerada deste nutriente. Estudos antigos demonstram que até mesmo a retinopatia pode ser revertida fazendo a transição para uma dieta vegetariana, trazendo resultados ainda melhores do que aqueles obtidos com o uso de medicamentos (Van Eck, 1959 e Kempner, 1958). Já é fato reconhecido que a dieta vegetariana reduz os fatores de risco para doenças cardiovasculares (Ornish, Brown, Scherwitz et al, 1990 e Navarro, Guimarães, Teixeira et al 2006), que é a principal causa de morte em pacientes diabéticos. Ademais, a redução no peso corporal como conseqüência da aplicação desta abordagem dietética certamente contribui para a melhora do estado de saúde destes pacientes, visto que a obesidade é a principal causa do diabetes tipo 2 (Pinkney, 2002).


A associação de uma dieta vegetariana com um programa regular de atividade física pode ser a solução para aqueles que lutam contra o diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas e degenerativas. Por dieta vegetariana, eu quero dizer uma dieta vegetariana balanceada, rica em frutas e vegetais frescos, cereais integrais, leguminosas, castanhas e raízes, com poucos produtos refinados ou altamente processados. Um nutricionista que tenha conhecimento do tema da nutrição vegetariana pode auxiliar o paciente na sua transição alimentar para uma dieta vegetariana. Se houver uso de medicamentos, o processo deverá ser acompanhado por um médico, pois os estudos demonstram que as doses dos medicamentos precisam ser reajustadas (para menos ou para o desuso completo).


O estudo mais recente sobre o tema, conduzido pelo PCRM (Physicians Committee for Responsible Medicine) e publicado em agosto de 2006 (Barnard, Cohen, Jenkins, 2006), envolveu 99 pacientes e demonstrou de maneira clara que uma dieta vegana pobre em gordura é mais eficiente do que a abordagem dietética convencional (aquela preconizada pela American Diabetes Association). O mesmo estudo demonstrou que a dieta vegana pode ser mais eficiente do que o uso isolado de medicamentos orais para o diabetes. Tão grande é a eficácia da dieta vegana no tratamento do diabetes que nesse estudo, que teve duração de 22 semanas, não foi imposta qualquer restrição com relação ao consumo de carboidratos ou calorias. Ainda assim, o grupo que seguiu a dieta vegana (50% dos pacientes) por este período demonstrou resultados mais satisfatórios com relação à redução dos níveis de glicose no sangue, peso corporal, colesterol total e colesterol LDL.
As abordagens dietéticas convencionais, que não se atrevem a fugir das “tradições” alimentares, não têm a pretensão de reverter a doença, mas apenas de controlá-la. É como diz o ditado: “se você continuar a praticar as mesmas ações, continuará a obter os mesmos resultados”. Enquanto a dieta vegetariana já demonstrou cientificamente o seu potencial de mudança, a abordagem convencional mantém o paciente dependente do uso de medicamentos, pois não atua na qualidade global da dieta. O paciente que se mantém em uma dieta industrializada e rica em alimentos de origem animal não tem a possibilidade de atingir os mesmos resultados.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Receitas Sem Glúten

Titulo: Bolo De Chocolate

Ingredientes:
6 ovos
8 colheres de açucar
1 pacote de sococo
1 tablete de cleybon
6 colheres de chocolate(moinho de ouro)
2 colheres de pó royal

Modo de Preparo:
bater todos os ingredientes no liquidificador.
por ultimo colocar o fermento e sococo.
untar bem a forma e levar ao forno. Depois de assado, fazer um brigadeiro mole e colocar por cima do bolo quente. Um bom apetite....

Autor:Ana Paula

Titulo: Bolo Pao De Queijo Delicioso

Ingredientes:
Primeira Parte:
3 ovos inteiros;
1 caixinha de creme de leite; nao pode ser lata;
1/2 xicara de oleo;
1 colher cha de acucar;
1 colher cafe de sal;
1 xicara cha de polvilho azedo;
2 xicaras cha de polvilho doce;
separado numa tigela:
2 xicaras de mussarela ou queijo curado ou queijo ralado;
1 colher sopa de po royal;

Modo de Preparo:
Primeira parte
Bate todos os ingridientes no liquidificador : os ovos,creme de leite, oleo, acucar, sal, o polvilho azedo e doce.
Numa tigela misturar essa mistura com o queijo ralado e o po royal.
So misturar com a colher.
Forma untada e enfarinhada com maizena ou de farinha de sua preferencia.
Forno medio.
duvidas: bel.andrade@lpnet.com.br
Tenho um neto de uma grande amiga que desde pequeno descobriu que é celiaco.
Por isso sempre tenho intersse em receitas novas...
A receita da certinho...

Autor: Isabel Cristina Pereira Guerra De Andrad

Titulo:Bolo De Limão

Ingredientes:
100 gramas de margarina (temperatura ambiente)
100 gramas de açúcar
1 ovo
1 gema
Raspas da casca de um limão
Suco de 1 limão
50 gramas de amido de milho
80 gramas de farinha de arroz
1 xic. de chá de fermento em pó
Canela se desejar.

Modo de Preparo:
Bater a margarina com o açúcar até ficar esbranquiçado. Juntar o ovo, bater bem, adicionar a gema e continuar batendo. Agregar as raspas de limão e o suco. Peneirar as farinhas, e ir juntando aos poucos, batendo bem após cada adição.
Untar forma de bolo inglês com farinha de arroz.
Assar em forno médio por 30 a 40 minutos.
Desenformar e polvilhar com canela – se desejar.

Autor: Maram. C. Hermes

Titulo: Bolo De Farinha De Arroz

Ingredientes:
02 xicara media de farinha de arroz, 10 colheres de sopa de açucar, uma colher de sopa de fermento em pó, uma colher de sopa de açucar de baunilha, 03 ovos, um copo de 200ml de leite sem lactose, 100ml de oleo de cozinha.

Modo de Preparo:
bata os ovos e acrescente o açucar, logo apos a farinha de arroz, o açucar de baunilha, o leite sem lactose, o fermento, bata uns 03 minutos, coloque na forma untada com manteiga e a farinha de arroz. Deixe no formo pre aquecido com uma temperatura de 180 graus mais o menos 20 minutos.

Autor:Mara

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Wewi – Refrigerante Orgânico e Natural

 

Por essa você não esperava, um refrigerante orgânico, sem conservantes e sem ingredientes artificiais…

image

image

image

image

image

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Dieta Vegana e a Prevenção do Diabetes: Novas Descobertas

Dr George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas
Fevereiro de 2010
www.nutriveg.com.br


O diabetes tipo 2 é uma doença capaz de reduzir significativamente o tempo e a qualidade de vida de uma pessoa. As dietas vegetariana e vegana exercem um papel de prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 e esse efeito é atribuído às características nutricionais dessas dietas que, quando comparadas a uma dieta onívora (que inclui carnes e outros produtos de origem animal), são mais ricas em carboidratos complexos e fibras e mais pobres em gordura saturada e calorias totais.


Em 2009, a exemplo do que ocorre em outros anos, muitas publicações médico-científicas trouxeram informações que corroboram o papel de proteção conferido pelas dietas vegetariana e vegana contra o diabetes tipo 2. Destacarei a seguir alguns desses estudos, mas antes é importante o que é o diabetes.


O diabetes tipo 2 é aquele que, por múltiplos fatores, desenvolve-se ao longo da vida afetando um indivíduo que já teve em algum momento um bom estado de saúde no que diz respeito a essa doença. O que torna a pessoa diabética é a resistência que as células desenvolvem em responder à presença do hormônio insulina. O tratamento pode ser dietético ou pode necessitar a aplicação do hormônio insulina. Já o diabetes tipo 1 geralmente afeta o indivíduo em uma fase inicial da vida e é caracterizado quando o corpo não produz o hormônio insulina. Nessa forma da doença, sempre haverá a necessidade de usar a insulina injetável.


Quando falamos de abordagens nutricionais para prevenir e especialmente para reverter o diabetes, geralmente essas se aplicam ao diabetes tipo 2, ou seja, aquele que não necessita obrigatoriamente da aplicação do hormônio. No entanto, como a alimentação da mãe durante a gestação também influencia o risco da criança desenvolver a doença, vemos também um papel de prevenção para a dieta vegetariana também no diabetes tipo 1.


Um estudo publicado em setembro de 2009 demonstrou que as mães que consumiam a menor quantidade de vegetais durante a gestação tinham maior risco de dar à luz filhos com a doença. As mulheres que consumiam vegetais de 3 a 5 vezes por semana apresentaram um risco 71% maior de ter filhos com o diabetes tipo 1 quando comparadas às mulheres que consumiam vegetais todos os dias. (1)


Em um estudo publicado em janeiro de 2010 no jornal médico Diabetes Care, pesquisadores analisaram 38.094 pacientes holandeses e concluíram que para cada acréscimo de 5% nas calorias derivadas de proteína de origem animal ao invés de ser derivada de carboidratos ou gordura, há um aumento equivalente de 30% no risco de desenvolver o diabetes tipo 2. O aumento no consumo de proteína de origem animal foi acompanhado pelo aumento no consumo de gordura saturada e colesterol e pelo um aumento do peso corporal e da pressão arterial. Já o acréscimo no consumo de proteínas vegetais não demonstrou a mesma relação de aumento no risco de desenvolver a doença, apontando uma clara relação entre o consumo de produtos animais e o aumento no risco de desenvolvê-la. (2)


Ainda sobre a relação da doença com o consumo de carne, um estudo publicado no jornal médico Diabetologia em outubro de 2009 fez uma revisão sistemática de 12 estudos anteriores e mostrou que o consumo de carne está diretamente associado ao risco de desenvolver o diabetes tipo 2. O risco foi aumentado em 21% para os indivíduos que consumiam mais carne vermelha e 41% para os que consumiam mais carnes processadas (como os embutidos, por exemplo). (3)


Outro estudo que sumariza dezenas de trabalhos publicados anteriormente sobre o efeito da dieta vegetariana sobre o diabetes foi publicado na edição de maio de 2009 do jornal médico Nutrition Reviews. Esse sumário demonstrou que os estudos que observaram populações vegetarianas e as compararam a populações onívoras demonstraram ser menor prevalência do diabetes tipo 2 no primeiro grupo. Já os estudos de intervenção, isso é, aqueles onde os indivíduos fazem uma mudança nos seus hábitos para que sejam medidos os resultados, demonstraram haver uma melhora no controle glicêmico quando da transição para uma dieta vegetariana já que essa favorece o controle de peso e o consumo de fibras. (4)


Pesquisadores da Georgetown University compararam os efeitos de três dietas, uma com pouca gordura, outra prescrita pela Associação Americana do Diabetes e finalmente uma dieta vegana. A dieta vegana demonstrou exercer uma redução 59% maior nos níveis da glicose de jejum e os que aderiram a ela precisaram usar menos medicamentos para controlar a sua glicemia. Já os participantes do grupo que seguiu a dieta recomendada pela associação médica especializada (dieta essa que inclui produtos de origem animal), tiveram que usar a mesma quantidade de medicamentos que usavam antes da intervenção dietética. Além disso, os veganos reduziram o seu peso em até o dobro quando comparados a esse grupo e tiveram uma redução mais expressiva nos níveis de colesterol.
São muitas as evidências científicas que apontam para as dietas vegetariana e vegana como sendo muito eficientes não apenas na prevenção, mas também na reversão do diabetes tipo 2. Contudo, as estratégias utilizadas pela maior parte dos profissionais de saúde continuam a focar em mudanças de pouco efeito, já que não atingem o mesmo potencial que somente uma abordagem com as características nutricionais de uma dieta baseada em vegetais é capaz de oferecer: alto teor de fibras e carboidratos complexos e baixo teor de calorias, gordura saturada e colesterol. Como consequência dessas características e somadas a outras que lhes são peculiares, as dietas vegetariana e vegana trazem benefícios enormes para muitas das doenças que atualmente afetam a nossa sociedade.