segunda-feira, 27 de maio de 2013

Wewi: primeiro refrigerante orgânico do país é de guaraná

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Com o crescente interesse por uma melhor alimentação, as empresas de refrigerante precisam repensar algumas estratégias: diminuir a quantidade de químicos, reduzir açúcar e adoçante, colocar sucos naturais de frutas. Mas, para algumas pessoas, nada disso basta. É precido, MESMO, ingerir bebidas e alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos e das toneladas de conservantes. Pensando neste crescente grupo de consumidores, a Natumaker acaba de lançar o primeiro refrigerante orgânico do país, o Wewi.

Wewi é feito com guaraná amazônico 100% orgânico, açúcar orgânico, corante caramelo e água gaseificada. Tem 86 calorias, equivalente a uma maçã. É livre de  sódio, conservantes, ácido fosfórico, corantes, edulcorantes e aromatizantes artificiais. E é bem gostoso, sem ser excessivamente doce (coisa rara), com sabor fresco do guaraná.

Inicialmente está sendo vendido apenas nas lojas da rede Pão de Açúcar de São Paulo mas, até meados de 2013, pretende-se que esteja disponível em outras capitais. Custa R$ 2,99 (250 ml).

Fonte: http://gastrolandia.uol.com.br

domingo, 26 de maio de 2013

Basta uma castanha-do-pará por dia para proteger seu cérebro

Uma única unidade da oleaginosa é capaz de resguardar os neurônios, garantir o bom funcionamento da tireoide, evitar o envelhecimento precoce e blindar o coração

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Quando o consumo de um alimento é associado a um ganho para a saúde, como derrubar a pressão arterial, afugentar o diabete ou driblar o câncer, logo vem o recado: você deve ingeri-lo todos os dias e, de preferência, em doses bem caprichadas. Com a castanha-do-pará, também conhecida como castanha-do-brasil, a história é um pouco diferente. Basta uma unidade por dia, só uma mesmo, para proteger o cérebro contra males neurodegenerativos - caso da doença de Alzheimer, como sugere um estudo da nutricionista Bárbara Rita Cardoso, do Laboratório de Nutrição-Minerais da Universidade de São Paulo.

No trabalho, ela comparou o estado nutricional de voluntários saudáveis ao de portadores do problema. O resultado mostrou que o grupo com comprometimento cognitivo apresentava uma deficiência muito maior de selênio, mineral encontrado em abundância na pequena noz - para ter ideia, uma unidade concentra de 200 a 400 microgramas do nutriente. (Conheça 10 alimentos ricos em selênio.) "Hoje, a recomendação de consumo para um adulto é de 55 microgramas diários", lembra Silvia Cozzolino, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Ou seja, sozinha, a castanha já supre a quantidade de selênio de que seu organismo precisa. E acredite: ele realmente depende do mineral para funcionar a todo vapor.

"O selênio é fundamental para a formação de uma enzima que tem ação antioxidante, a glutationa peroxidase", explica Bárbara. Não se assuste com o palavrão. O importante é saber que tal enzima é uma das mais potentes na hora de dar um chega pra lá nos radicais livres, aquelas moléculas que danificam as células e causam todo tipo de enrascada - inclusive a morte de neurônios, o que fomenta o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

As evidências apontam, portanto, que o consumo de selênio reduz a produção desenfreada desses inimigos. Agora, o próximo passo da investigação será analisar se incrementar a dieta com o mineral também seria capaz de barrar os danos na massa cinzenta de quem ainda não tem Alzheimer mas já é refém de falhas cognitivas leves. "Para isso, estamos oferecendo uma castanha ao dia aos voluntários. No ano que vem, teremos os primeiros resultados da intervenção", garante Bárbara.

Para o bem da tireoide

Deixar os neurônios sãos e salvos dos radicais livres e, assim, prevenir males neurodegenerativos está longe de ser o único benefício associado ao selênio da castanha. Já se sabe que ele também é fundamental para regular o trabalho da tireoide, onde são produzidos os hormônios T3 e T4, dupla que rege o funcionamento do corpo inteiro. Quem viu isso na prática foi a nutricionista Carla Soraya Costa Maia, professora da Universidade Estadual do Ceará. Durante seu estudo de doutorado, ela avaliou pacientes com problemas na tireoide - tanto hipo como hipertireoidismo - e pessoas sem nenhuma disfunção nessa glândula. Uma parte era de São Paulo, onde o solo é pobre no mineral, e a outra do Ceará, estado em que a terra esbanja selênio. Isso fez diferença.

Ao final do levantamento, a pesquisadora Carla Soraya notou que o time da capital paulista tinha menores níveis do composto na circulação. "Além disso, foi constatado que, entre pacientes com hipo ou hipertireoidismo, aqueles que moravam em São Paulo apresentavam maiores indícios de radicais livres e inflamação na glândula", informa a cientista. Os dados, afirma ela, ainda são preliminares, mas reforçam a importância da castanha-do-brasil e outras fontes de selênio para a glândula.

Por falar em radicais livres, sabia que o estresse oxidativo, como é chamado o desequilíbrio entre a formação e a remoção dessas moléculas, é bem maior em indivíduos que praticam atividades físicas moderadas ou intensas? Para evitar o envelhecimento precoce e garantir um excelente desempenho, o jeito é deixar o sistema de defesa tinindo. Uma das enzimas mais cruciais nessa empreitada é justamente a glutationa peroxadase, aquela que depende do selênio para agir. "Por isso, recomenda-se aos esportistas que a ingestão diária fique em torno de 200 microgramas", avisa Vanessa Fernandes Coutinho, diretora da empresa VFC Cursos e coordenadora das pós-graduações em nutrição clínica e pediátrica da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Ora, nada que uma castanha não ofereça.

Alguns trabalhos científicos ainda sugerem mais uma grande vantagem de se render ao pequeno fruto da castanheira: o selênio diminuiria a agregação de placas nos vasos sanguíneos e a glutationa barraria a oxidação do colesterol LDL, inimigo do peito. "Ou seja, tudo indica que existe uma relação inversa entre os níveis de selênio no sangue e a incidência de doenças cardiovasculares. Mas ainda há poucos trabalhos sobre o real papel do mineral na prevenção desses males", pondera Eliana Vellozo, pesquisadora em deficiência de micronutrientes da Universidade Federal de São Paulo.

Nada de exageros

Diante de tantas promessas, imaginamos que sua vontade não é comer uma unidade, e sim um saco cheio de castanhas. Mas não leve a ideia adiante. Em doses excessivas - estamos falando de mais de 800 microgramas -, o selênio causa prejuízos. Os mais comuns são unhas fracas e quebradiças, alterações na pele e queda de cabelo. Só que a coisa pode ficar mais feia. "Em um estudo americano, ofereceram o mineral a pessoas que não precisavam da suplementação. No meio do caminho, observaram um aumento no risco de diabete", conta Silvia Cozzolino. Fica o recado: uma castanha por dia é mais do que suficiente.

O mapa das castanhas

O selênio fica retido no solo. Assim, a concentração do composto em um mesmo alimento varia de acordo com a área onde ele é cultivado. No caso da castanha-do-brasil, dois fatores contribuem para o teor altíssimo do mineral. "Além de a terra da Região Norte ser rica em selênio, a castanheira tem uma capacidade incrível de absorvê-lo", conta Otniel Freitas Silva, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Abaixo, você vê como essa combinação se reflete na produção da oleaginosa pelo país.

Amazonas 16 012 toneladas
Acre 10 313 toneladas
Pará 7 015 toneladas
Rondônia 2 107 toneladas
Mato Grosso 1 527 toneladas
Amapá 390 toneladas
Roraima 104 toneladas

Fonte: Revista Saúde - por Thaís Manarini

sábado, 25 de maio de 2013

Macadâmia

A noz de origem australiana, ainda pouco consumida pelos brasileiros, se mostra uma excelente opção para vegetarianos em geral. Descubra os poderes naturais da macadâmia e delicie-se.

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As primeiras sementes selvagens de macadâmia foram encontradas nos estados australianos de Bauple e Queensland, mas foi no Havaí que ela se popularizou depois que chegou por volta de 1880, levada por biólogos. Atualmente, o país, famoso por suas ondas perfeitas, é o campeão de produção dessas nozes. De acordo com o Serviço de Estatísticas de Agricultura do Havaí (HASS), em 2007 o país possuía 570 fazendas que produziam 19 mil toneladas a cada ano. Apesar de os números estarem diminuindo ao longo dos anos, o volume de produção ainda é alto e tanta macadâmia assim só poderia servir para uma coisa: exportação. Afinal, tem muita gente procurando essa pequena noz por aí. Só os EUA consomem 48% da produção mundial - segundo pesquisa feita pela bióloga Graciela Sobieraiski.

Até mesmo o Brasil faz sua contribuição, mesmo que menor. De acordo com o agrônomo Leonardo Pimentel, em artigo publicado na Revista Brasileira de Fruticultura, no ano passado foram produzidas 3.200 toneladas da noz, principalmente nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Trazidas do Havaí para o Brasil na década de 1930, as sementes de macadâmia foram cultivadas e melhoradas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Propriedades nutricionais

De acordo com a tabela fornecida pela Sociedade Australiana de Macadâmia (AMS), 100 g da noz crua possuem pouco mais de 9 g de proteína, 64 mg de cálcio, 410 mg de potássio, 60 g de gordura monoinsaturada - considerada boa para a saúde - e 4 g de gordura poliinsaturada.

Para a médica nutróloga Samantha Christie Enande, tanto a macadâmia quanto as outras nozes são os alimentos vegetais com maior quantidade de antioxidantes. "Os cientistas descobriram que as nozes possuem 20,97 unidades de antioxidantes em cada 100 g. Isso representa 20 vezes mais que as quantidades presentes nas laranjas (1,14), nos espinafres (0,98), nas cenouras (0,04) ou nos tomates (0,31)."

Além dessa propriedade rejuvenescedora, a macadâmia tem a vantagem de fazer bem ao coração. "Comer um punhado duas ou mais vezes por semana, pode reduzir os riscos de doenças cardíacas fatais, e ajudar a diminuir o colesterol ruim (LDL). Além disso, as dietas veganas podem ser enriquecidas com macadâmias, que são também uma fonte saudável de gordura não saturada, cálcio e proteína", explica a nutróloga. No entanto, seu valor calórico é alto. A cada 30 g são encontradas 210 calorias.

Propriedades medicinais

Os estudos a respeito da macadâmia são inúmeros, publicados em vários anos e em países diferentes. Nenhum deles trata essa noz como um alimento contra-indicado para uma saúde perfeita - mesmo para aqueles que querem emagrecer. Pesquisas realizadas no Hospital Wesley, na Austrália, em 1992, e na Universidade Mukogawam no Japão, em 2004, comprovaram que o consumo frequente de macadâmia diminuiu os níveis de colesterol, os riscos de inflamações e, inclusive, ajudou alguns pacientes a perderem peso.

Até mesmo a famosa Universidade de Harvard, nos EUA, deu seu alvará para o consumo da noz. De acordo com uma análise publicada no site da Sociedade Australiana de Macadâmia (AMS), uma dieta rica em gordura de boa qualidade ou monoinsaturada, normalmente encontrada em nozes e azeite de oliva puro, ajudam a perder peso e mantê-lo baixo. Na pesquisa realizada, os pacientes perderam em média 4,5 kg no período de um ano.

Curiosidades

Apesar de todos esses benefícios para a saúde, a macadâmia não é muito consumida pelos brasileiros. Porém, segundo Pedro Toledo Piza, diretor técnico da Associação Brasileira de Macadâmia, essa é uma realidade que vem mudando nos últimos sete anos. "De 2000 a 2007, o consumo passou de 10 toneladas ao ano para 150 toneladas."

Piza explica ainda que por ter um custo de produção alto, a macadâmia - nome dado em homenagem ao seu descobridor, o botânico John MacAdam - acaba tendo um preço mais elevado, entre R$ 5 e R$ 8 um pacote de 100 gramas. "Uma planta de macadâmia inicia a produção quatro anos após o plantio e fica adulta com quinze anos. O retorno do investimento ocorre após 10 anos. Só quando as nogueiras estão com quatro anos, as nozes em cascas são colhidas do chão, descarpeladas, secas, quebradas, classificadas, processadas e embaladas. O processo é caro e segue exigentes procedimentos de qualidade."

Fonte: Revista dos Vegetarianos

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Torta Tropicália – Sem Açucar

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Ingredientes
Massa
• 1/2 xícara de chá de margarina
• 2 gemas
• 1 1/2 xícara de chá de farinha de trigo
• 1 colher de chá de fermento em pó
• 3 a 4 colheres de sopa de água
• Margarina para untar
Creme
• 2 xícaras de chá de leite desnatado
• 2 gemas
• 2 colheres de sopa de maisena
• 1 colher de chá de margarina
• 1 colher de chá de essência de baunilha
• 2 colheres de sopa de coco ralado
• 16 colheres de café bem rasas de adoçante em pó à base de aspartame
Cobertura
• 2 kiwis descascados e fatiados
• 3 fatias de abacaxi
• 1/2 xícara de chá de água
• 3 colheres rasas de café de adoçante em pó à base de aspartame
• Morangos para decorar
Modo de Preparo

Bata a margarina e as gemas até obter um creme. Desligue a batedeira e junte a farinha de trigo peneirada com o fermento, amassando com a ponta dos dedos. Vá adicionando água conforme o necessário. Com a massa, forre uma forma desmontável média, levemente untada, e faça alguns furos com o garfo. Leve ao forno preaquecido e moderado (180ºC) por 25 minutos. Enquanto isso, leve uma panela ao fogo com o leite, as gemas, a maisena, a margarina, a essência de baunilha e o coco, mexendo sempre até engrossar. Retire do fogo e bata vigorosamente. Acrescente o adoçante e aplique sobre a massa. Leve uma panela ao fogo brando com o kiwi, o abacaxi, a água e deixe ferver rapidamente. Retire do fogo, escorra bem a água, misture o adoçante e distribua sobre o creme de maneira decorativa. Enfeite com morangos.

Fonte: http://acasadamolly.blogspot.com.br

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cidades sustentáveis são essenciais para eficiência de recursos

 

Transformar a infraestrutura urbana, tornando-a mais limpa, eficiente e sustentável, pode estimular o crescimento econômico verde e ajudar a erradicar a pobreza, diz relatório da ONU apresentado nesta quinta-feira.

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Atualmente, cerca de 75% dos recursos naturais do mundo são consumidos em áreas urbanas, e a proporção da população global que vive em cidades deve subir para 70% até 2050. Além disso, essas regiões são responsáveis por grande parte da degradação e poluição gerada no planeta, tornando sua relação com os recursos e ecossistemas nada sustentável.

Para mudar essa situação, um documento publicado pelas Nações Unidas nesta quinta-feira em Nairóbi, no Quênia, afirma que é necessário investir em infraestruturas sustentáveis e tecnologias eficientes em recursos nas cidades, a fim de incentivar um crescimento econômico com menor degradação ambiental, redução da pobreza, cortes nas emissões de gases do efeito estufa e melhoria do bem-estar.

O relatório, intitulado ‘City-Level Decoupling: Urban Resource Flows and the Governance of Infrastructure Transitions’ (algo como Dissociação em nível urbano: fluxos de recursos urbanos e a governança de transições de infraestrutura), declara que, para atingir a sustentabilidade para todos, é necessário dissociar as taxas de crescimento econômico das cidades do consumo insustentável dos recursos naturais finitos, que até agora caracteriza a maior parte do desenvolvimento urbano ocorrido.

“Até agora, a tendência para a urbanização tem sido acompanhada pela crescente pressão sobre o meio ambiente e o aumento dos números da pobreza urbana”, colocou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), no lançamento do estudo.

Segundo o texto, para ocorrer essa transformação deve haver mais esforço por parte de governantes, empresas e sociedade, pois à medida que o preço dos recursos naturais continua a aumentar, fica cada vez mais difícil manter um padrão de desenvolvimento sustentável. Caso isso não aconteça, poderá haver sérias implicações econômicas e ambientais para as futuras gerações.

Isso porque, de acordo com a pesquisa, muito da infraestrutura que será futuramente necessária nas cidades, incluindo 60% das edificações exigidas para atingir as necessidades da população urbana mundial até 2050, ainda precisam ser construídas.

Para chegar a essas exigências, as cidades precisariam de um investimento calculado em US$ 40 trilhões entre 2000 e 2030 para a criação de novas infraestruturas urbanas – principalmente nos países em desenvolvimento – e para a adaptação das instalações existentes.

“Cidades mais antigas podem ter que adaptar e substituir infraestruturas ineficientes com as quais estiveram presas por décadas para atingir essa dissociação, mas cidades mais novas e em crescimento têm a vantagem da flexibilidade. Elas podem ‘acertar’ de primeira”, explicou Joan Clos, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat).

Mas ao mesmo tempo em que o relatório aponta os atuais e potenciais problemas desse desenvolvimento urbano insustentável, reconhece que essa situação oferece grandes oportunidades de canalizar fundos para infraestruturas mais sustentáveis que reduzam as emissões de carbono, melhorem a produtividade de recursos e criem novas estratégias de desenvolvimento urbano.

Felizmente, há cidades que já estão aproveitando essas oportunidades, como é o caso de Lagos, na Nigéria. A cidade introduziu o sistema Veículo leve sobre pneus (Bus Rapid Transit – BRT) para resolver problemas crônicos de congestionamento e poluição.

O sistema, apoiado pelo Banco Mundial e investidores privados, contribuiu para uma queda de 13% nas emissões de carbono do transporte urbano, e a rota de cerca de 25% dos passageiros que utilizam o serviço foi reduzida em até 50%.

Outro exemplo é a área central de Singapura, que está implementando um plano para reduzir o consumo nacional de água em cerca de 10% até 2030. Tecnologias avançadas são usadas para tratar as águas residuais e os esgotos, que se tornam seguros para beber e podem ser reutilizados pela indústria.

As águas residuais tratadas podem chegar a 30% das necessidades hídricas de Singapura até 2030, e investimentos em usinas de dessalinização, consertos em vazamentos de tubulações e outros esforços podem ajudar o país a atingir sua meta de 10%.

O documento também mostra casos aqui no Brasil, como o do programa Lixo que não é Lixo, de Curitiba. O projeto incentiva a separação de resíduos em recicláveis e não recicláveis através, por exemplo, da troca de lixo reciclável por passagens de ônibus ou por produtos alimentícios para comunidades carentes.

A iniciativa estendeu o tempo de vida dos aterros sanitários da cidade, evitando o despejo de 2.400 m3 de resíduos recicláveis a cada dia, o que representa cerca de 25% da produção diária de lixo. Outro exemplo brasileiro é a cidade do Rio de Janeiro, que tem investido em reflorestamento para restabelecer os aquíferos necessários para o abastecimento hídrico da cidade.

Por fim, o estudo faz algumas recomendações para que o desenvolvimento de infraestruturas mais sustentáveis seja potencializado: investimentos governamentais na criação de estratégias sustentáveis , infraestruturas de baixo carbono e desenvolvimento urbano eficiente em recursos; investimento em pesquisas sobre o uso de recursos; especificação de metas para uso eficiente de recursos; estímulo a atividades , tecnologias, bens e serviços de baixo carbono, eficientes e verdes; e envolvimento do setor privado em investimento e compartilhamento de experiências.

“Existem oportunidades únicas para as cidades liderarem a ecologização da economia global através do aumento da produtividade e inovação de recursos, enquanto atingem grandes economias financeiras e enfrentam desafios ambientais. Embora muitas cidades estejam aproveitando essas oportunidades, uma visão holística para os centros urbanos do futuro ainda está faltando”, concluiu Steiner.

“Quando olhamos para os crescentes gastos em infraestrutura urbana pelo mundo, precisamos nos perguntar: que tipo de cidades do futuro estão previstas pelos projetistas e construtores dessas novas infraestruturas? Essas infraestruturas estão preparando cidades [...] para futuros mais justos e eficientes em recursos? Ou estão apenas fixando concreto [...] com um modo de planejamento urbano do século XIX que precisará ser desmantelado daqui a 10 ou 20 anos?”, questionou Mark Swilling, um dos coautores da pesquisa.

Fonte: CarbonoBrasil.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

SUCO DE CASCA DE MANGA – Desperdício Zero

Ingredientes:
- 2 mangas com a casca
- 1 litro de água
- Açúcar ou mel a gosto

Como preparar:
Lave e higienize bem as mangas. Em uma panela, ferva apenas as cascas para tirar o amargor. Em seguida, coloque-as com a fruta no liquidificador e bata por 2 minutos. Coe, adoce a gosto e sirva a bebida gelada.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Como prevenir mofo nas berries? Vinagre!

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Framboesas em particular, parece que mofam antes mesmo de levá-los do supermercado para casa. Não há nada mais trágico do que pagar caro por de framboesas, morangos, etc., e olhar na geladeira no dia seguinte e descobrir o mofo crescendo em seu interior.


Quando você comprar suas berries, certifique-se de lavá-las com vinagre assim que chegar em casa.


Realmente funciona. Quando chegar em casa, prepare uma mistura de uma parte de vinagre (branco ou de cidra da maçã funcionam melhor) e dez partes de água. Despeje as frutas na mistura e mexa. Escorra, lave, se você quiser (embora a mistura é tão diluída que você não vai sentir o gosto do vinagre) e coloque na geladeira.


O vinagre mata quaisquer esporos de fungos e outras bactérias que possam estar sobre a superfície do fruto! Framboesas vão durar uma semana ou mais, e até mesmo morangos vão quase duas semanas sem ficar mofados e macios. Então, vá em frente e estoque as berries, sabendo que vão estar frescas quando você for comê-las.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

USO DE PLANTAS MEDICINAIS

 

A Fitoterapia é uma ciência usada na prática cotidiana. Na forma de remédios caseiros, como chás, xaropes, compressas, tinturas e outros. Esses remédios caseiros são elaborados com base no uso e conhecimentos tradicionais sobre as propriedades benéficas das plantas medicinais.


Estes conhecimentos, passados de geração em geração, são muito importantes e hoje são resgatados através de estudos, que levam em conta o conhecimento de a cada povo e de cada cultura sobre as plantas e as suas aplicações úteis no dia a dia.

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domingo, 19 de maio de 2013

Açúcar demais afeta a cognição

 

Consumo excessivo de carboidrato na maturidade favorece problemas como o mal de Alzheimer

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por Talita Eredia | fotos Sheila Oliveira (macarrão integral) e Alex Silva (macarrão tradicional) | fonte Patrícia Rung, nutricionista da Clínica Patrícia Davidson, no Rio de Janeiro

Um estudo da americana Clínica Mayo revela: os grisalhos que exageram nas fontes de carboidratos, como pães e doces, correm quatro vezes mais risco de desenvolver transtornos cognitivos leves. Isso favorece problemas como o Alzheimer. "No cérebro, o excesso de açúcar desempenha um papel na formação das placas beta-amiloide", explica a epidemiologista Rosebud Robert, autora do estudo. São elas as culpadas pela enfermidade. Gorduras do bem, como as do azeite, e alimentos proteicos, caso dos peixes, afastam essa ameaça.

Sem abuso

Os carboidratos não estão proibidos, afinal fornecem energia ao cérebro. Basta moderar e priorizar os integrais, que evitam picos de glicose

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sábado, 18 de maio de 2013

Centro educacional sustentável é construído nos EUA

 

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O Crissy Field é um centro de educação ambiental construído em São Francisco, EUA. O local, construído de acordo com as normas da certificação LEED, é direcionada ao ensino de crianças e jovens. A sustentabilidade está presente em cada detalhe do edifício e no conteúdo ministrado.

O projeto é fruto do trabalho de três instituições diferentes. O escritório MK Think foi o responsável pelo desenho do prédio, enquanto a Fisher Development cuidou do desenvolvimento e a Project Frog fez a ideia ganhar vida através de toda a construção.

O Crissy Field levou apenas nove meses para ser projetado e erguido. Agora os responsáveis pelo projeto estão aguardando o processo para a obtenção do selo LEED Platina, o nível mais alto que uma construção pode ter em qualidade ambiental.

O espaço abriga salas de aula de alta performance, um laboratório de ciências, escritórios e um café. O prédio é considerado inteligente pelas tecnologias aplicadas para otimizar o desempenho econômico, ambiental e humano, conforme informado pela MK Think, empresa responsável pelo projeto.

A estrutura tem a maior parte de suas paredes feita em vidro, o que proporciona abundante iluminação natural. Além disso, ela foi erguida com a utilização de materiais com baixo teor de componentes orgânicos voláteis. Para reduzir o impacto da utilização do complexo, ele foi equipado com sistemas de produção de energia fotovoltaica e eólica.

Todo o centro educacional ocupa uma área de 2.250 metros quadrados e não possui ar-condicionado. Para compensar a não utilização desta tecnologia, os arquitetos aproveitaram a implantação de um telhado verde, muitas janelas e um isolante térmico. A água da chuva é reaproveitada e responsável por suprir 85% da demanda utilizada para lavar os banheiros.

Fonte: Ciclovivo

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Farinha de frutas: benefícios para a saúde, como consumir

 

As farinhas de frutas possuem vários benefícios para a saúde e podem ser consumidas de diversas maneiras. Confira as dicas e fique por dentro do assunto.

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As farinhas de frutas proporcionam vários benefícios para a saúde.

Que as frutas fazem muito bem para a saúde, todo mundo sabe, entretanto, o que muita gente desconhece são os benefícios obtidos pelo consumo das cascas das frutas.

Pode parecer estranho e muita gente vai torcer o nariz, pois não é comum a ingestão da casca de frutas como o maracujá, limão ou laranja. A dica para tornar essa opção de consumo mais atrativa ao paladar é transformá-las em farinhas, que ficam bastante coloridas e altamente nutritivas.

 

Benefícios para a saúde

Dentre os vários benefícios para a saúde que o consumo da farinha de frutas proporciona, podemos destacar sua propriedade de auxiliar no funcionamento do trato gastrintestinal, uma vez que essa alimentação é extremamente rica em fibras, que fazem o intestino funcionar. É importante ressaltar que, para alcançar o resultado esperado é necessário associar o consumo de muita água, pois o não aumento na ingestão de líquidos pode ter efeito contrário, prendendo ainda mais o intestino.

A farinha de fruta é rica em substâncias antioxidantes, que combatem o envelhecimento celular precoce e ainda previnem doenças como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico e até mesmo alguns tipos de cânceres. Pessoas portadoras de dislipidemia se beneficiam com a capacidade que essa farinha possui de aumentar o colesterol bom, o HDL, e diminuir o colesterol ruim, o LDL.

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As farinhas são coloridas e altamente nutritivas.

A farinha feita a partir da casca do maracujá e da banana verde ainda ajuda a perder peso e acelera o metabolismo, uma vez que, a primeira fruta é rica em pectina, que dificulta a absorção intestinal de gorduras, enquanto que a banana verde apresenta altos teores de fibras de amido resistente, que estimula a eliminação de produtos indesejados nas fezes.

 

Cascas de frutas que podem ser transformadas em farinhas

As principais cascas de frutas que podem ser transformadas em farinha, altamente nutritiva e benéfica para a saúde são a banana, laranja, limão, maracujá, maçã e uva.

 

Como consumir

Existem várias maneiras de consumir a farinha de frutas. Algumas opções são acrescentá-las em saladas, iogurtes, no leite, bater no liquidificador com vitaminas ou usar como cobertura de doces, como sorvete light.

O mais prático é consumir as cascas das frutas, que previamente devem ser devidamente higienizadas com uma solução de água e hipoclorito de sódio (1 colher para cada 1 litro de água), mas como algumas cascas são desagradáveis ao paladar, a farinha de fruta se torna uma opção excelente, que pode ser encontrada em qualquer loja de alimentos naturais ou até mesmo serem feitas em casa.

Fonte: http://www.portalangels.com

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quer mudar o mundo? Comece pela reciclagem!

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Por *Fernando von Zuben

Uma pessoa produz em média um quilo de lixo por dia. Isso significa que uma família formada por pai, mãe e dois filhos envia cerca de uma tonelada e meia de lixo por ano para aterros sanitários e lixões. Como todos os recursos no meio ambiente são finitos, os espaços para instalações de aterros sanitários também são limitados. Outro ponto importante é a geração de gases de efeito estufa nos aterros, principalmente o Metano, elemento vinte uma vezes mais nocivo à camada de ozônio do que o próprio CO².

Sendo assim, a reciclagem se apresenta como uma das soluções, já que cerca de 35% de todo lixo gerado poderia ser reciclado ou reutilizado e outros 35% transformado em adubo orgânico, via compostagem, um processo simples que pode gerar riqueza do desperdício. Entretanto, para que a compostagem seja eficiente, devemos separar corretamente todos os materiais, evitando o envio de pilhas, baterias, lâmpadas e outros produtos químicos que contaminariam o composto orgânico utilizado na agricultura. Para se ter idéia das vantagens, cada tonelada de papel reciclado representa 3m³ de espaço disponível nos aterros sanitários. Ou seja, reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que jogamos fora.

Mas por onde começar? Para separar os resíduos e encaminhá-los para a reciclagem não é necessário comprar uma lixeira multicolorida e dividir cada material em seu espaço. No Brasil, as cooperativas de catadores se encarregam desta tarefa. Assim, na sua casa, basta secar as embalagens recicláveis e separá-las dos resíduos orgânicos e não recicláveis. Caixinhas longa-vida (como as de leite e as dos sucos), garrafas PET, embalagens de produtos de limpeza, brinquedos quebrados, vidros de papinhas, latinhas de bebidas, jornais, revistas e muitos outros matérias devem ser separados.

Além de poder dividir as tarefas da casa, engajar as crianças nessa atividade é uma ótima oportunidade de explicar sobre a importância de preservar o meio ambiente e sobre inclusão social. Isso porque a reciclagem também gera emprego e renda em toda a cadeia produtiva, começando pelas cooperativas de catadores, onde o material é coletado, separado e enfardado para posterior venda. Muitas pessoas encontraram trabalho e conseguem sustentar suas famílias neste importante setor que minimiza o impacto ambiental da sociedade.

Caso na sua rua não passe o caminhão da coleta seletiva, não desanime. O site Rota da Reciclagem reúne informações sobre cooperativas, pontos de entregas voluntárias e comércios ligados à cadeia de reciclagem de todos os materiais, em todo o Brasil. Basta digitar o endereço e os pontos mais próximos de sua casa aparecem no mapa.

Participe!
Em 2012, 65 mil toneladas de embalagens longa vida foram recicladas no mercado brasileiro. Existem hoje cerca de 33 empresas transformando estes materiais em caixas de papelão ondulado,  telhas recicladas, vassouras, canetas, entre outros.
Seja um consumidor consciente: Opte por produtos certificados, evite o desperdício de recursos e recicle!

Fonte: http://www.ecotorcedor.com.br/

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Origem da Homeopatia

 

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A história da Homeopatia começou em 1790, quando o médico alemão, Samuel Hahnemann (1755 - 1843) decide questionar os conceitos da medicina de sua época. o ler um tratado médico escrito por Willian Cullen (1712 – 1790), Hahnemann não concorda com sua explicação sobre o efeito benéfico de uma substância contra febre chamada Quinina, usada por nativos do Peru. O que chamou a atenção de Hahnemann foi o fato da substância ser usada para combater sintomas parecidos com os que a própria Quinina causava, quando usada em excesso.


Para tentar clarear essas teorias e contradições, ele resolveu experimentar em si mesmo fortes doses da substância. O resultado? Logo sentiu os sintomas de um estado "febril intermitente" idêntico as febres que, precisamente são curadas pela Quinina.
Os opositores do médico alemão  afirmavam que ele não poderia se considerar o fundador da Homeopatia, visto que esse método de cura já existia, em textos de Hipócrates, Paracelso e outros escritores da medicina que firmavam os princípios do conhecimento da Lei dos Semelhantes.


Mas Hahnemann não se contentou com a simples menção de idéias dispersas, ao contrário de seus antecessores, e reformulou o antigo princípio citado por Hipócrates, "o semelhante com o semelhante se trata". Assim, instituiu-se a experimentação como base científica da Homeopatia.


O jovem de origem humilde, formado em medicina pela Universidade de Leipzig desistiu de exercer a medicina e passou a se dedicar ao estudo e tradução de obras científicas.

HAHNEMMAN E A HOMEOPATIA PELA EUROPA

As idéias de Samuel Hahnemman foram transmitidas aos seus discípulos e, a partir do século XVIII, a homeopatia começou sua ascensão pela Europa. Em vez da glória da descoberta científica que o tempo oferece, Hahnemann era alvo de ódios e ciúmes. A situação piorava a cada epidemia controlada, que a medicina oficial não conseguia debelar. ..Repetidas vezes, o médico teve que abandonar as cidades onde clinicava, como Königsluter, onde salvou tantas vidas. Depois disso, prosseguiu a peregrinação: Altona, Hamburgo, Möllin, Machern (perto de Leipzig), Wittenberg, Dessau, Torgau. Durante esse roteiro, o médico se dedicou a contínua publicação de obras científicas, as aulas e aos estudos.


Na cidade de Torgau, em 1805, Hahemman publica "Esculápio na Balança" – "Medicina da Experiência", relatando as experiências realizadas pela primeira vez na história da medicina, com medicamentos no homem com fins terapêuticos, além de prosseguir com a elaboração e publicação de uma de suas obras mais importantes : “ O Organon da medicina racional”, que depois veio a se chamar “Organon da arte de curar”.  A obra foi traduzida em 10 idiomas.Em seguida, publicou a "Matéria Médica Pura" e o "Tratado das Doenças Crônicas". As aulas, os livros e os pronunciamentos continuaram atraindo perseguições.


Em 1835, o médio resolve morar em Paris com a nova esposa, Mademoiselle Melanie d´Hervilly Gohier. Em Paris, Hahnemman obteve autorização para clinicar, apesar da oposição dos colegas alopatas. Nessa época, a Homeopatia já estava bem estabelecida na França, e Hahnemann encontrou vários discípulos e seguidores da Doutrina Hahnemanniana.


Em abril de 1843, teve uma crise de bronquite, que persistiu, mesmo com tratamento homeopático. Hahnemann mandou chamar o amigo e discípulo, Dr. Chatran, que o tratou cuidadosamente, com a ajuda da Sra. Hahnemann. Ele não resistiu e faleceu no dia 02 de julho de 1843, aos 88 anos.

Fonte: http://www.ecomedicina.com.br

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre Nutricionistas e a Resistência ao Vegetarianismo

Dr George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas
Janeiro de 2009
www.nutriveg.com.br


Todo vegetariano já teve em algum momento, em qualquer que seja o seu meio, a experiência onde a simples menção ao vegetarianismo gera críticas ou provoca chacotas. Esse comportamento é uma reação típica quando as pessoas são confrontadas com idéias que são pouco aceitas pela sociedade na qual elas estão inseridas. Seja por autodefesa, seja pelo medo do novo ou até mesmo por uma sensação de culpa, o fato é que as pessoas tendem a se opor ou ridicularizar a tudo o que desafie a realidade como elas a conhecem. Isso parece ser especialmente verdadeiro quando, ao invés de um debate individual, as pessoas são confrontadas em grupos.


Entre os profissionais da área de saúde, o que não deixa de ser um grupo de pessoas, a história não é diferente. Bem, na verdade, é um pouco diferente, pois esse meio tem como característica a resistência a opiniões que desafiem o status quo. Como acontece com toda a resistência à mudança, duas partes são prejudicadas: a sociedade, pois ela é privada da informação e prática corretas, e o próprio elemento resistente, pois ele perderá a credibilidade na medida em que a verdade antes condenada vai se tornando evidente.


Historicamente, podemos observar que essa resistência tem um tempo de vida limitado e seus últimos dias são geralmente anunciados quando ela passa a ser reconhecida pela maior parte da sociedade como mera desinformação (ou a falta da informação correta, aquela livre de preconceitos ou censura). Infelizmente para os que vivem nesse tempo em que o preconceito e a desinformação ainda prevalecem ou felizmente por evidenciar o fim daquilo que não serve mais, o fato é que o público vegetariano demonstra não depositar confiança nos profissionais de saúde de uma forma geral. Isso é especialmente verdadeiro para os nutricionistas. O motivo para isso é o despreparo desses profissionais para atender ao paciente vegetariano, que encontra na alimentação a maior expressão do seu estilo de vida.


Não são raros os comentários que evidenciam a falta de confiança que prevalece entre o público vegetariano com relação aos nutricionistas. Pessoalmente, eu recebo pelo menos um depoimento por semana criticando a atuação de outros profissionais, seja por escrito ou durante a consulta na forma de desabafo. Copio aqui trechos de três mensagens eletrônicas que recebi entre os dias 12 e 14 de janeiro de 2009 (em apenas três dias): “Consultei vários nutricionistas "comuns" que me disseram ser impossível continuar com a dieta vegan e ser saudável. Não vou abrir mão de meus ideais por opiniões de pessoas mal informadas, você é a minha última esperança!”; “O último nutricionista que consultei tentou me convencer a voltar a comer carne e também a dar carne para meu bebê de sete meses. Saí do consultório dele indignada!”; “Temo muito ao ir a nutricionistas e endocrinologistas e não entenderem a minha nova opção”. Se você tiver algum depoimento semelhante, eu gostaria de recebê-lo.


O trabalho do nutricionista é o de orientar o paciente para que ele adéqüe a sua dieta de acordo com as suas preferências alimentares. Apesar do vegetarianismo e o veganismo serem opções alimentares plenamente viáveis e saudáveis, os profissionais que deveriam estar preparados para orientar o paciente vegetariano são justamente os que tratam de desencorajá-lo. A argumentação é geralmente baseada em mitos que a maior parte dos vegetarianos já aprendeu a reconhecer como tal. Com isso, até mesmo a pessoa leiga que parte em busca de orientação acaba por encontrar um profissional despreparado que, ao invés de oferecer respostas às suas questões e algumas soluções aos seus erros nutricionais, parte para a simples condenação da opção alimentar do paciente vegetariano como um todo. Como resultado, temos a falta de credibilidade que pode ser observada na maior parte do público vegetariano.


Para buscarmos compreender melhor esse cenário, devemos ter claro que (obviamente), os nutricionistas não são pessoas mal-intencionadas que fizeram um pacto para servir à indústria da carne. Ainda que isso não os isente de alguma responsabilidade, o fato é que eles simplesmente estão mal-informados. Essa má-informação é em parte conseqüência da resistência em conhecer e estudar aquilo que é novo ou diferente do que é ensinado na faculdade. A outra parte da má-informação vem justamente da educação recebida na faculdade, que é largamente permeada por informações e materiais produzidos por empresas que têm interesse em promover o consumo de produtos de origem animal. Aceitos e utilizados, esses materiais contribuem para formar um profissional mal-informado. O currículo do curso e a falta de atualização do meio acadêmico sobre o tema da nutrição vegetariana também não ajudam muito. O tema da nutrição vegetariana raramente é abordado e, quando isso é feito, acontece em uma única aula durante todo o curso. Como resultado, o nutricionista sai da faculdade reforçando os mesmos mitos amplamente aceitos pela população leiga quando o tema é a nutrição vegetariana e aqueles que buscam orientação nesse sentido são deixados sem ter a quem recorrer.
Seja por uma falha na educação, seja pelo seu preconceito ou pelo desinteresse, o fato é que os nutricionistas de uma forma geral estão despreparados para atender ao paciente vegetariano. Os pacientes vegetarianos, por sua vez, parecem estar cientes disso, o que não é bom para os nutricionistas, que com isso maculam a credibilidade de toda uma categoria, nem tampouco é bom para os vegetarianos, que ficam sem a orientação que poderia fazer toda a diferença para a sua saúde e bem-estar.

domingo, 12 de maio de 2013

Vegetarianismo na Escola

Dr George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas
Fevereiro de 2008
www.nutriveg.com.br


Depois de ter enfrentado toda a família durante a gestação e a infância, é chegada a hora de mais um desafio: manter uma dieta vegetariana para o seu filho na escola. Para muitos, as questões vão muito além da alimentação vegetariana em si: os professores usam couro e penas nas aulas de trabalhos manuais? Balas e outras guloseimas nada saudáveis são utilizadas pelos professores como forma de premiação ao aluno? Que tipo de histórias serão contadas na sala de aula, haverá histórias que vangloriam caçadores e domadores de circo?


Todos estes aspectos podem ser pesquisados com antecedência junto aos professores, diretores e conversando com outros pais, mas será muito difícil encontrar a escola perfeita. Diante desta realidade, o melhor que se tem a fazer é posicionar-se sobre como ajudar a escola em vez de buscar simplesmente criticá-la. Algumas linhas pedagógicas já partem de um lugar melhor com relação à questão da alimentação, como é o caso, por exemplo, da pedagogia Waldorf, ligada à antroposofia, que já tem em sua filosofia muitos aspectos relacionados à alimentação integral, orgânica e saudável.


No entanto, na prática, a história pode ser diferente. Enquanto as crianças têm aulas práticas de agricultura desde cedo e apesar da antroposofia estar diretamente ligada à agricultura biodinâmica, com um forte discurso ambiental, e os alimentos integrais serem um lugar comum, o que predomina nas festas escolares é as bancas que vendem churrasco, com direito à lingüiça e tudo o mais! Na escola dos meus filhos, que é a mais antiga do Brasil, foi apenas em 2006 que houve pela primeira vez em sua história recente, durante o Bazar de Natal que recebe milhares de pessoas em um único dia, uma banca completamente vegana, que serviu pratos à base de tapioca. Esse é apenas um exemplo simples,mas vemos que mesmo as linhas pedagógicas que, em teoria, seriam mais simpáticas ao vegetarianismo possuem incoerências, independentemente do quão belo essa pedagogia possa ser em sua totalidade teórica. Se nem as escolas mais simpáticas a um estilo de alimentação diferenciado são vegetarianas, então o que fazer, em qualquer linha pedagógica que seja?


Enviar o lanche de casa é certamente o primeiro passo para cuidar da alimentação do seu filho na escola.Mas será que o seu filho será o único a levar alimentos "diferentes" para a escola? Provavelmente não, uma vez que há tantas crianças com alergias e preferências familiares específicas hoje em dia.Talvez ela não terá muitos ou sequer um colega vegetariano, mas é improvável que ela seja a única criança a levar um lanche diferenciado. Seja como for, ao planejar o lanche que ele levará à escola, inove, faça do lanche vegetariano do seu filho não o mais "diferente" de todos, mas o mais atraente de todos. Com isso você poderá inspirar outros a também oferecerem lanches saudáveis para seus próprios filhos.


Em reuniões e festas, não leve apenas a marmita exclusiva da família. Ao contrário, aproveite a oportunidade para oferecer aos pais e professores um lanche vegetariano que seja tão criativo quanto saboroso.Vá além do pão integral com geléia e ofereça a eles torradas integrais com tahine, arroz com lentilhas, tortas, quibes, vegetais ao molho de tofu com ervas, bolos de frutas... Para o lanche da criança, aquele pão mais escuro do que o dos colegas ficará mais interessante se for cortado em formato de estrela e aquelas sementes de girassol podem vir acompanhadas de um recorte de uma foto da flor de onde essas sementes vieram, o que despertará o interesse e mudará o alimento de "comida de passarinho" para "comida florida". Quando se tratam de alimentos vegetais, as possibilidades de se trabalhar com formas, imagens e histórias são muitas.


Isso tudo inicia o trabalho de mudança dentro da escola por via da curiosidade. Uma vez conquistada esta fase, é necessário ir além e fornecer informações tanto para os professores e para a lanchonete da escola quanto para os outros pais e crianças. Isso pode ser feito criando ou usando as oportunidades de palestras ou simplesmente oferecendo mão-de-obra voluntária em eventos.Você pode ainda pedir a um especialista que analise o cardápio que está sendo oferecido atualmente. Isso te dará base para argumentar que a sua opção alimentar é uma opção mais saudável. Com isso, ofereça a ajuda que puder para que algumas mudanças sejam implantadas.


O que quer que você faça, faça com uma postura positiva, sendo o menos crítico possível, oferecendo soluções ao invés de simplesmente apontar erros. Se for fazer uma palestra, pesquise bem o assunto antes e não queira falar tudo o que sabe sobre vegetarianismo em uma palestra de 30 minutos. Faça uma palestra que desperte o interesse dos outros sem que eles se tornem defensivos, pois é somente assim que eles se abrirão para as suas idéias. Lembre-se de que eles, a princípio, não te solicitaram nada disso e portanto vá devagar para não assustá-los. Procure pela escola por aquelas pessoas que tenham ideais comuns aos seus, ainda que seja algo apenas próximo ao vegetarianismo, pois eles poderão ser seus aliados no processo de mudança que você venha a propor.


Na medida em que você se dedica a garantir não apenas a alimentação escolar adequada para o seu filho, mas também se dispõe a propor mudanças que serão positivas para a saúde de todos, tenha em mente que você estará influenciando muitas pessoas e o estará fazendo com uma grande chance de que essa mudança dure uma vida toda! Lembre-se sempre disso nos momentos de negociações difíceis com pais e professores, pois com um objetivo grandioso como esse, o trabalho não poderia ser sem dificuldades. Encare o desafio da alimentação escolar do seu filho como uma oportunidade para educar e inspirar outros e faça dessa jornada, em mais esta etapa da alimentação vegetariana do seu filho, algo leve e gratificante.

sábado, 11 de maio de 2013

Criando bebês sustentavelmente

 

A chegada de um bebê é um evento que mexe com a rotina de qualquer família. É mamada para cá, fralda para lá, e quando a gente percebe está gerando uma quantidade de lixo bem maior, gastando mais energia elétrica, água… A intenção desse post não é tentar convencer você, leitor, a mudar radicalmente seus hábitos para minimizar o impacto que seu bebê causa no ambiente. E sim mostrar que, com pequenos cuidados, todo mundo pode colaborar para um futuro mais verde. Tenho certeza de que seu filho um dia irá agradecê-lo! Então aqui vão algumas dicas de sustentabilidade para as mamães e papais:

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- O peito é sustentabilidade pura! O leite materno, além de ser nutricionalmente tudo o que seu bebê precisa nos primeiros meses, é fonte de alimentação verde para seu bebê. Lembre-se de que ele não exige processamento industrial, empacotamento e transporte.

- Quando seu filho começar a alimentação sólida, prefira os alimentos orgânicos (que não usam pesticidas em sua lavoura) e da estação (que não exigem grandes estufas para recriar condições climáticas diferentes).

- Já que estamos falando de alimentos verdes e saudáveis, que tal fazer uma hortinha na sua casa? Não precisa ser nada difícil de fazer, um tempero ou uma raiz já estão valendo!

- O processo de produção da indústria têxtil provoca grande impacto ambiental. Prefira roupas orgânicas ou reutilize as roupinhas do irmão mais velho, ou dos bebês da família e de amigos. Uma visita ao brechó também é boa pedida (inclusive para o seu bolso!),

- Reaproveitar os brinquedos das crianças próximas evita que mais plástico seja produzido. No meu condomínio, por exemplo, um vizinho passa os brinquedos para o outro, e quando percebemos, já estavam todos brincando juntos. Uma delícia!

- Ligue a máquina de lavar roupas apenas quando estiver cheia. E se você deixar as roupinhas de molho antes, não precisará usá-la no modo de água quente. Antes que você pergunte, lavar com água quente não elimina bactérias; seria necessário que a água atingisse o ponto de fervura para que isso acontecesse.

- Mostre para seu filho desde cedo sua preocupação ambiental. Criar crianças preparadas para um mundo mais sustentável é dever de todos nós. E lembre-se: não adianta só falar, é preciso dar o exemplo!

E você, tem alguma dica de sustentabilidade para as outras mães? Conta pra gente, deixe seu comentário aqui!

Fonte: http://www.mildicasdemae.com.br/

sexta-feira, 10 de maio de 2013

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Maracujá - O segredo está na casca

 

E ela vai para o lixo. Que desperdício, já que poderia virar uma farinha ótima para os diabéticos, cheia de pectina, fibra poderosa contra os picos de glicose

por Thais Szegö | design Eder Redder |foto Dercilio Vanzelli
Solange Miranda Junqueira Guertzenstein, do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, baseou sua tese de mestrado sobre glicemia na pesquisa. "Depois de consumida, a pectina se transforma em um gel que não é absorvido no processo da digestão", explica. "Assim, durante seu trajeto entre a boca e o intestino, ela carrega consigo não apenas a glicose, mas também o colesterol dos alimentos, até eliminá-los no bolo fecal." Ou seja, o produto do maracujá beneficia também quem apresenta altas taxas dessa gordura arriscada para as artérias. Segundo Solange, a farinha conta com 20% de pectina, o que também favorece a perda de peso. "Essa espécie de gelatina faz volume dentro do estômago e dá saciedade", garante.

Ainda não existem estudos sobre eventuais respostas adversas da farinha de maracujá nos seres humanos, mas os especialistas não acreditam em contra- indicações. Mesmo assim, convém prestar atenção nas reações do organismo. "O consumo excessivo de fibras pode causar diarréia e, por tabela, perda de nutrientes", alerta Glaucia Pastore, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos. É bom saber que o consumo diário máximo de fibras em geral é de 30 gramas, segundo recomendação da Food and Agriculture Organization (FAO), órgão das Nações Unidas para a alimentação. Para se ter uma idéia, uma colher de sopa da farinha contabiliza 3,5 gramas, ou seja, fica longe desse limite.

E importante: agora que a farinha começa a ganhar notoriedade, surgem ofertas de produtos fantásticos, veiculadas principalmente pela internet. Seriam confiáveis? "Por enquanto não conheço nenhum que tenha sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária", responde Solange Miranda Junqueira Guertzenstein. O aval da Anvisa é obrigatório para quem deseja um consumo seguro. O químico Sabaa Srur ressalta ainda que esses produtos industrializados são feitos muitas vezes com a parte amarela da casca do maracujá, bem mais pobre em pectina. Melhor, portanto, fazer a receita em casa. O único inconveniente é que ela rende muito pouco. "Apenas cerca de 7% da casca vira farinha", revela Sabaa. Então, em caso de diabete na família, você vai precisar de ânimo para muitas fornadas mas nunca, em hipótese nenhuma, abandone o tratamento prescrito pelo médico.

ESSA TAL PECTINA
Ela é uma espécie de fibra solúvel que, junto com a celulose e a lignina, compõe a parede celular das plantas. "Está em todas as frutas, mas a maçã, a pêra, a laranja, o limão e o pêssego são especialmente ricos nela", revela a farmacêutica bioquímica Maria Helene Canteri Schemin, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético, reconhece a ação da pectina no combate aos picos de insulina, mas ressalva: "Qualquer alimento rico em fibras pode produzir o mesmo efeito". A questão é que muitas das frutas cheias de pectina têm também muito açúcar. Está aí uma vantagem da farinha de maracujá.

QUANTO CONSUMIR?
BOA PERGUNTA...
Ainda não há um consenso entre os especialistas em relação à quantidade de farinha de maracujá que deve ser ingerida por dia. Solange Miranda Junqueira Guertzenstein indica 1 colher de sopa meia hora antes do almoço e outra meia hora antes do jantar. "O pó pode ser dissolvido em um suco", exemplifica. Já o nutrólogo Edson Credidio, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia, sugere apenas1 colher de sopa do pó no café da manhã. Para que o sabor da farinha se mantenha neutro, é importante prepará-la de acordo com a receita. Caso contrário, o sabor característico do maracujá pode predominar e interferir no gosto dos outros alimentos. Sim, não é só no suco que a farinha vai bem. Você também pode salpicá-la na comida. Só não vale levá-la ao fogo, pois ainda não há estudos que garantam que essa exposição extra ao calor não altere suas propriedades e a textura dos alimentos.

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Fonte: http://saude.abril.com.br/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Pirâmide Alimentar Vegetariana

 

Dr George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas
Outubro de 2007

Nesta edição de aniversário de um ano da Revista dos Vegetarianos você encontrará um pôster especial que traz a imagem de uma pirâmide alimentar. A pirâmide é um instrumento bastante utilizado para a orientação nutricional, podendo variar em conteúdo de acordo com a proposta. Esta pirâmide que você tem em suas mãos é uma síntese e adaptação feita a partir de diferentes versões de pirâmides vegetarianas que estão disponíveis na literatura estrangeira.


A base da pirâmide representa os alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade e o topo representa os que devem ser consumidos em menor quantidade. Uma recomendação para ingerir uma quantidade menor de determinado alimento não significa necessariamente que este implique em risco de excesso alimentar. Na maioria das vezes, significa apenas que quantidade necessária para suprir a necessidade do organismo não é grande (em relação às outras). As quantidades são expressas de maneira genérica porque a recomendação específica e individualizada só pode ser feita após levar em consideração o peso, altura, idade, grau de atividade física e objetivos almejados por cada pessoa. Idealmente, isso deve ser feito por um profissional de nutrição. No caso específico dos vegetarianos, por um profissional que tenha bom conhecimento sobre o tema da nutrição vegetariana.


Para falarmos de maneira não específica a cada indivíduo, fica a recomendação expressa em quantidades relativas, ou proporções. Por proporções, entenda a relação que existe entre cada um dos grupos descritos: mais dos alimentos que estão na base para menos dos alimentos que estão mais acima. Em outras palavras, qualquer que seja a sua prescrição individual, ela comumente se apresentará nas proporções indicadas pela forma da pirâmide: mais cereais, uma quantidade menor de vegetais e frutas e uma quantidade moderada de fontes de proteína e de cálcio, fazendo ainda restrição ao uso de óleos e outros ingredientes processados.


Note ainda que estas quantidades expressas em proporcionalidade não dizem respeito a cada uma das refeições, mas à totalidade dos alimentos ingeridos durante todo o dia. Portanto, você não precisa ingerir a proporção correta entre cada grupo a cada refeição. Uma refeição pode ser mais protéica, desde que a anterior ou a próxima tenha uma proporção maior de carboidratos e assim por diante, de modo que no final do dia haja sido contemplada a proporção correta.


Temos na base, onde estão os cereais e os seus derivados (que deverão ser preferencialmente integrais), a principal fonte de carboidratos. Além disso, também uma boa dose de fibras e alguns minerais importantes, como o zinco. Este é o grupo que deve corresponder ao maior volume de alimentos consumidos durante o dia.


Um nível acima, você encontra os vegetais e as frutas. Por vegetais, entenda tudo aquilo que não for um grão (cereal, leguminosa, oleaginosa) ou uma fruta. Portanto, cabem aqui as folhas, as raízes, os talos, alguns frutos (como o tomate), entre outros. Este é sem dúvida o grupo que apresenta a maior diversidade para a sua escolha. Quanto mais variadas e coloridas forem as suas escolhas, mais corretas elas serão.


No grupo das frutas, essas mais facilmente identificáveis, você escolherá frutas como o abacate ou a banana ou frutas como a carambola e a melancia (com uma diferença calórica bastante óbvia entre os dois pares) dependendo dos seus objetivos. As frutas secas também entram neste mesmo grupo. Da mesma maneira que com os vegetais, as escolhas no grupo das frutas devem variar ao máximo para que se obtenha o melhor de todas elas. Aliás, a regra da variedade vale indistintamente para todos os grupos: quanto maior for a variedade de alimentos consumidos, maior será a variedade de nutrientes a que você terá acesso e maiores serão as chances de você ter sucesso no planejamento da sua dieta.


Um nível acima encontramos os alimentos ricos em proteínas e os ricos em cálcio. As principais fontes de proteína na dieta vegetariana são as leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja e derivados) e as oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas e sementes como as do gergelim e do girassol). Apesar de ser um nutriente que merece alguma atenção na dieta vegetariana, note que o grupo das proteínas não é o que aparece em maior quantidade (ele não está na base). Isto denuncia o erro no mito de que a dieta vegetariana possa ser deficiente em proteínas, já que a quantidade de alimentos necessária para obter proteínas suficientes não é tão difícil de atingir. A dieta vegetariana somente será deficiente em proteínas se estes alimentos forem consumidos em quantidades muito pequenas ou com pouca variedade. Este último erro limitaria a ingestão de aminoácidos essenciais – como sempre, e em especial no grupo dos alimentos protéicos, a variedade é muito importante.


No grupo do cálcio notamos uma repetição dos outros grupos. Encontramos aqui os vegetais verde-escuros, as leguminosas, as castanhas, as frutas secas e o melado-de-cana, sendo este último o único que aparece com exclusividade. O grupo do cálcio apresenta, portanto, poucas novidades. Por que então destacar um grupo para os alimentos ricos em cálcio, se estes já foram contemplados em outros grupos? Porque estes alimentos não serão necessariamente os escolhidos dentre tantos outros que constam dos grupos anteriores. Como as possibilidades de escolha dentro de cada grupo são muitas, o grupo do cálcio está lá para garantir que algumas dessas escolhas serão por alimentos ricos em cálcio. Quando você consumir uma couve, por exemplo, já terá consumido em os grupos: vegetais e cálcio.


Do contrário, você poderia acabar passando pelo grupo dos vegetais sem consumir um vegetal verde-escuro sequer, ou pelo grupo das proteínas fazendo a escolha justamente pelos alimentos processados, como o leite de soja e a proteína vegetal texturizada (PVT) que, após a industrialização, foram privados do cálcio que o alimento original continha. Note que o extrato de soja comum é fonte de proteína, mas não de cálcio. No entanto, o extrato de soja pode ser uma opção para o cálcio, desde que ele tenha sido fortificado com o nutriente.


A fusão desses dos grupos de Proteína e Cálcio representa os alimentos ricos em ferro. Em outras palavras, todo alimento vegetal que é rico em proteína ou em cálcio, é também rico em ferro. Você já deve ter notado que essa pirâmide é, na verdade, uma pirâmide vegana (sem ovos ou laticínios). Os laticínios são um exemplo de um alimento rico em cálcio e pobre em ferro. Ou seja, é um alimento que não favorece a dieta vegetariana da melhor maneira. O cálcio fornecido pelos laticínios pode muito bem ser fornecido pelos vegetais representados no grupo do cálcio, com a vantagem de serem também fontes de ferro. Se você estiver acertando na proteína e no cálcio, não há como errar no ferro (a não ser que a sua dieta seja rica em laticínios).


No topo da pirâmide encontramos os alimentos que devem ser evitados ao máximo, como é o caso do sal, das gorduras processadas ou dos alimentos excessivamente industrializados. Encontramos também alimentos que podem ser consumidos, mas em pequena quantidade, como é o caso do açúcar mascavo. Enquanto a margarina deveria ser eliminada por completo por ser fonte de gordura saturada e gordura trans, o açúcar mascavo tem algum espaço por ser fonte de ferro e outros minerais. No entanto, ele poderia ser eliminado da dieta sem que fizesse falta do ponto de vista nutricional. Já o óleo de linhaça deve ser consumido diariamente pelos vegetarianos, pois fornece boa quantidade do ácido graxo ômega-3, um nutriente essencial tipicamente pouco presente na dieta vegetariana. Ele está ali no topo porque, apesar de importante, precisa ser consumido em pequena quantidade: 1 colher de chá por dia é suficiente para atender à necessidade da maioria dos vegetarianos. O uso de um suplemento ou alimento fortificado com a vitamina B12 se faz necessário no caso de uma dieta vegana.


Vemos também na pirâmide a referência ao consumo de água, que deve acontecer em quantidade que seja suficiente para saciar a sede, considerando que a ingestão adequada deste líquido vital varia de acordo com o clima, com a atividade física e em especial com a quantidade de água já presente nos alimentos. Portanto, a sede é o melhor indicativo da quantidade de água que precisamos ingerir. Uma exposição ao Sol por 15 minutos em horário apropriado garante a produção da vitamina D, que é escassa na dieta vegetariana mas pode ser sintetizada pelo próprio organismo quando há a exposição da pele aos raios solares.


A dieta vegetariana tem muitos benefícios a oferecer e os poucos riscos que existem podem ser prevenidos fazendo uso da informação correta. Com o exercício deste instrumento de orientação nutricional que você tem em mãos, você estará mais perto de praticar uma dieta vegetariana nutricionalmente equilibrada. Faça bom uso dele e continue pesquisando e se informando sobre a sua dieta!

Fonte: http://www.vegethus.com.br

terça-feira, 7 de maio de 2013

Purificando o Ar

 

Vamos deixar nossa casa mais verde e respirar melhor.

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1. Palmeira de Bambu : elimina formaldeído e também atua como um umidificador natural.
2. Espada de São Jorge: serve para absorver os óxidos de nitrogênio e formaldeído.
3. Palmeira: uma das melhores plantas purificadoras do ar. Para a limpeza do ar em geral.
4. Planta aranha: grande planta para o interior da casa que elimina o monóxido de carbono e outras toxinas e impurezas. .
5. Lírio de paz: este poderíamos chamar de "limpeza de todos." Frequentemente são colocados no banheiro ou lavanderia, uma vez que eles são conhecidos para a remoção de esporos de fungos. Também conhecido para eliminar formaldeído e tricloroetileno (é um hidrocarboneto clorado comumente usado como um solvente industrial ).
6. Gérbera: no solo estas maravilhosas flores eliminam o benzeno no ar, são conhecidos para melhorar o sono ao absorver dióxido de carbono e emitem mais oxigênio durante a noite.

domingo, 5 de maio de 2013

Óleo de coco emagrece mesmo?

 

Todos estão de olho nele, a bola da vez em termos de perda de peso. Mas sua eficácia divide opiniões. Fique por dentro e avalie se vale a pena investir no alimento

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Se tem um óleo que pode ser considerado o queridinho do momento, é o de coco extravirgem. Extraído do fruto maduro, ele virou febre principalmente entre aqueles que desejam se livrar de vez das dobras que teimam em se espalhar por diversas partes do corpo.


Para pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, todo esse auê é compreensível. Eles prescreveram uma dieta de manutenção de peso a 30 homens com um grau de obesidade leve. Enquanto metade consumiu 1 colher de sopa cheia de óleo de coco todo santo dia, a outra teve de engolir óleo de soja, na mesma porção.


Em 45 dias, o resultado agradou: apesar de o óleo proveniente da fruta ser cheio de gordura saturada e calorias, ele ajudou a reduzir o índice de massa corporal, o volume de gordura e a circunferência na cintura de quem o incorporou à dieta. Além disso, contribuiu para o aumento de massa magra, ou seja, músculo puro. "Há o caso de um paciente que perdeu cerca de 7 quilos", revela a nutricionista Christine Erika Vogel, uma das responsáveis pela investigação.


De acordo com a especialista, o óleo auxiliaria no emagrecimento porque carrega um tipo de gordura conhecido como triglicerídeo de cadeia média, com destaque para o ácido láurico. E esse tal de ácido láurico gera energia na célula de forma acelerada. "As outras versões precisam de uma enzima para realizar esse processo, acumulando-se mais facilmente na forma de gordura corporal", explica. Na prática, o óleo de coco turbinaria o gasto energético, favorecendo, assim, a degola dos pneus.


As qualidades desse derivado do coco não se resumem à sua capacidade de botar lenha no metabolismo. "Assim como outros óleos e gorduras, o produto derivado da fruta retarda o tempo de esvaziamento gástrico, proporcionando maior sensação de saciedade", diz a nutricionista Andréia Naves, que é diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo.
Dessa forma, a quantidade de comida que vai ao prato ao longo do dia tende a ser menor - seria o fim dos ataques desenfreados de gula sem tanto sacrifício. "Aliado a uma alimentação equilibrada e à prática regular de atividade física, esse efeito auxiliaria no emagrecimento", avalia Andréia.


Para Ana Carolina Gagliardi, nutricionista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, não há dúvidas sobre o poder das gorduras em deixar a barriga empanturrada. "Ainda assim, o papel do óleo de coco no processo de perda de peso é muito controverso", pondera. "É que as pessoas que o consumiram durante os estudos também seguiram uma dieta com restrição de calorias. Por si só, isso já torna o emagrecimento presumível."


"Realmente, não adianta ingerir o óleo de coco e exagerar nos salgados, nas frituras e nos doces. Não há milagres. Para emagrecer, é preciso mudar o estilo de vida", concorda Christine, pesquisadora da UFRJ. Só para constar, cada grama de óleo de coco reúne 9 calorias. Portanto, incorporá-lo à dieta sem providenciar mudanças no restante do cardápio não fará com que o ponteiro da balança tombe.


"A recomendação é que 25 a 30% de nossa alimentação seja composta de gorduras, sendo que no máximo 7% devem vir das saturadas, como as presentes no óleo de coco. Então, quem usar o ingrediente precisa investir em alterações na rotina, como preferir carne magra e tomar leite desnatado", avisa a nutricionista Ana Carolina.

Extravirgem ou refinado?
Se bater a dúvida, opte pelo primeiro sem pestanejar. "A versão extravirgem é obtida da carne do coco maduro, que pode ser fresco ou seco", conta Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, em São Paulo. "Nesse processo, não são empregados solventes químicos nem altas temperaturas. "Por outro lado, o produto refinado, ou virgem, apresenta perda de uma parte dos antioxidantes. "Por isso, seus benefícios são comprometidos", conclui Bruna.

Polêmica à vista
Além do aspecto da saciedade, os outros benefícios relacionados ao óleo de coco não são vistos com tanta empolgação por uma boa parte de especialistas, já que o fato de ser formado por gorduras saturadas do tipo triglicerídeo de cadeia média não é considerado exatamente uma grande vantagem.


"De fato, eles são processados com maior rapidez. Mas gerar energia não é o mesmo que dissipá-la como calor", informa Rosana Radominski, endocrinologista e presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Ela pode ser usada para ajudar a acumular gordura no corpo, caso a ingestão calórica seja maior do que o gasto."


O também endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo e autor do livro A Nova Dieta dos Pontos para Crianças e Adolescentes, recém-lançado por SAÚDE, vai na mesma toada: "Talvez a gordura saturada de cadeia média possa fazer menos mal do que a de cadeia longa. Daí a dizer que emagrece é absurdo. Ela engorda tanto quanto as outras".


É bom frisar que rechear a mesa com alimentos gordurosos merece atenção redobrada não só porque dispara o risco de obesidade, epidemia que está por trás de uma série de doenças - de males cardiovasculares a câncer. A digestão vagarosa, por exemplo, pode ser um problema para certas pessoas. "Uma dieta rica em gordura é capaz de piorar os sintomas de quem já sofre com um processo digestivo mais lento ou tem histórico de refluxo", conta o gastroenterologista Ricardo Barbuti, que integra a Federação Brasileira de Gastroenterologia.


Outro grupo que deve pensar duas vezes antes de regar sem pudor os pratos com óleo de coco é o de pacientes diagnosticados com esteatose hepática, quando o fígado entra num processo de engorda. "Devido à sua composição, o alimento pode aumentar a dimensão do problema", esclarece a nutricionista Andréia Naves.

Camuflado no prato

Não tem jeito: nem todo mundo é fã do sabor pronunciado da fruta. Se for desse time, anote a dica: "Antes de refogar os alimentos, deixe o óleo por mais tempo em fogo brando para que o aroma se dissipe", aconselha a nutricionista Christine Erika Vogel, da UFRJ. Caso queira temperar saladas, o óleo pode ser misturado ao azeite. Já em pratos com peixes e frutos do mar, seu sabor entra como um excelente complemento.

E o coração?
Além de notar a redução de peso dos voluntários, os cientistas da UFRJ encontraram evidências de que o óleo de coco extravirgem ajudou a elevar as taxas do HDL, o bom colesterol, e freou o desenvolvimento do LDL, um algoz do peito. "Alguns estudos já demonstraram que os triglicerídeos de cadeia média reduzem a produção de uma lipoproteína chamada VLDL, associada ao aumento do LDL", lembra a pesquisadora Christine.


Mas está aí outro tema que incita um acalorado debate. É que a gordura saturada, independentemente de ser de cadeia média ou longa, é reconhecida por aumentar os dois tipos de colesterol, especialmente aquele que ameaça a saúde. "Logo, o óleo de coco não é indicado nem para prevenir nem para tratar doenças cardiovasculares. Pior do que esse tipo de gordura, só a trans, já que estimula a produção de LDL e reduz o HDL", adverte Ana Carolina, do Incor.


Justamente por suscitar dados contraditórios, não é de surpreender que os especialistas concordem em um ponto: é preciso colocar o óleo de coco no centro de outros estudos antes de considerá-lo a última palavra no que diz respeito ao emagrecimento. "Outras variáveis devem ser investigadas e mais pesquisas são necessárias para corroborar a tese de que ele é mesmo um aliado da boa forma", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.


Agora, quem quiser testar seus efeitos pró-emagrecimento antes que os pesquisadores batam o martelo deve se restringir a 2 colheres de sopa diárias. "Comece consumindo uma quantidade pequena para evitar desconfortos gastrointestinais como náuseas, cólicas e diarreia", indica Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, na capital paulista.
As doses caem bem antes das principais refeições - para estimular logo a saciedade - ou adicionadas a saladas, pratos quentes, molhos, massas, sucos e shakes. Caso opte pelas cápsulas, saiba que são necessárias 12 delas para conquistar os possíveis efeitos de 1 colher de sopa do óleo de coco. Você decide.

Superbadalados

Os óleos que têm se tornado cada vez mais célebres por suas diversas propriedades nutricionais.

Fonte: http://saude.abril.com.br

sábado, 4 de maio de 2013

Frappuccino com Whey Protein – Suplementos

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Ingredientes

. 1 medida de suplemento proteico whey  sabor cappuccino
. 1 colher (chá) de café solúvel
. 1 copo de água grande (250 ml)
. Gelo a gosto

Modo de preparo

1. Bata no liquidificador o whey, o café e a água.
2. Acrescente o gelo e bata novamente.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cascas & Polpas

 

Tanto uma quanto outra concorrem em variedade de nutrientes. Será que dessa competição sai uma vencedora? Confira aqui

por Regina Célia Pereira

1. Limão

CASCA
Contém seis vezes mais fibras. Uma boa pedida é incrementar receitas com ela ralada.
POLPA
Fornece o dobro de vitamina C. Se você gosta do suco, beba imediatamente.

2. Banana

CASCA
Oferece 20 vezes mais carotenóides, de ação antioxidante. Aproveite-a em receitas de bananada.
POLPA
Em relação à casca, tem o dobro de fósforo, fundamental para nossa estrutura óssea.

3. Maçã

CASCA
Ela tem três vezes o teor da vitamina C em relação à polpa.
POLPA
Tem mais do que o dobro de carboidratos, o nutriente da energia.

4. Abacaxi

CASCA
Apresenta um pouco mais de vitamina C. Leve ao fogo para fazer suco — mesmo a alta temperatura não anula todos os seus efeitos.
POLPA
Concentra um montão de carotenóides — 70 vezes mais!

5. Maracujá

CASCA
Fornece dez vezes mais fibras do que sua polpa. Por isso, consumir a farinha feita da casca pode ser uma boa.
POLPA
Tem cinco vezes mais gorduras do que a casca, mas de nocivas elas não têm nada.

6. Mamão

CASCA
Contém três vezes mais proteínas. Então, em vez de jogá-la fora, aproveite para fazer doce.
POLPA
Cheia de carboidratos, fornece duas vezes mais do que a casca.

7. Laranja

CASCA
Rica pra valer em fibras, tem seis vezes mais dessa substância. Então, não desperdice. Use-a como ingrediente de compotas.
POLPA
É campeã em vitamina C, já que oferece o dobro na comparação com a casca.

FONTE: GIUSEPPINA LIMA, DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, CAMPUS DE BOTUCATU, SP

quinta-feira, 2 de maio de 2013

6 nozes para combater o colesterol

E bastam 6 nozes...
...para permitir que seus vasos sangüíneos fiquem mais relaxados e protegidos contra gorduras nocivas, mandando para longe a doença cardiovascular

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Está muito bem guardado, dentro de uma casca dura e resistente, um aliado do sistema viário que leva o sangue para o corpo inteiro. Estamos falando da noz, a oleaginosa capaz de beneficiar suas veias e artérias. A constatação é de pesquisadores do Hospital Clínic e da Universidade Autônoma de Barcelona, ambos na Espanha. Trabalhando em conjunto, os cientistas dessas instituições notaram que era só incluí-la no cardápio de pessoas tanto com colesterol normal quanto com taxas elevadas dessa substância no sangue para verem os malefícios do excesso de gordura de alguns alimentos serem minimizados.

Os médicos espanhóis foram detalhistas: eles analisaram as condições do endotélio, a parede que reveste os vasos sangüíneos, de 24 voluntários quatro horas depois de terem se refestelado com refeições gordurosas. No fi nal desse banquete pesado, todos ainda comeram 40 gramas de nozes umas seis, no máximo sete unidades. Não recomendamos um cardápio cheio de pratos gordurosos a ninguém, mas, se você ingere esse tipo de comida, pode contra- atacar seus efeitos consumindo essas oleaginosas, disse a SAÚDE! o líder do trabalho, Emilio Ros. Rico em gordura ou não, seu menu só tem a ganhar recebendo essa porção de nozes diariamente.

Depois de qualquer refeição, nossas artérias tendem a se contrair, explica Raul Maranhão, diretor do Laboratório de Lípides do Instituto do Coração de São Paulo. A contração, é claro, é muito mais grave se por ali deverão passar um rio de partículas gordurosas vindas do almoço ou do jantar As nozes, porém, são capazes de estimular a dilatação dos vasos, minimizando riscos, diz Maranhão. O responsável pelo relaxamento é o aminoácido arginina, utilizado na produção do óxido nítrico, uma substância reconhecidamente vasodilatadora, usada inclusive em hospitais.

As nozes também apresentam um grande conjunto de antioxidantes, como o ômega-3 e os polifenóis, diz a bióloga Maria Gomes da Silva, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas, no interior paulista. Mas você já ouviu falar que elas são calóricas, certo? E são. No entanto, apesar do alto conteúdo energético, não há evidências de que levem ao ganho de peso se ingeridas na porção recomendada, ressalta Ros. Assim, está na hora de torná-las parceiras de uma rotina saudável.

Fonte: http://saude.abril.com.br

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Como evitar o desperdício de comida

 

Uma das coisas que mais incomoda qualquer cozinheiro é o desperdício. Comida é algo precioso demais para ser jogada fora. Quando vejo gente passando fome nas ruas, ou na televisão, eu sinto um calafrio. Eu sei que a produção de alimentos hoje é suficiente para atender a três vezes a população do mundo. Se essas pessoas estão com fome, é pela má distribuição de alimentos. Portanto, dois em cada 3 pratos de comida são jogados fora todos os dias.

Eu mesmo devo dar a mão à palmatória. Quantas vezes, já não deixei estragar frutas ou legumes na minha geladeira? Quantas outras vezes, eu já deixei de reaproveitar algum prato? Sinto um embaraço ao tentar fazer essas contas. Então, resolvi dar algumas dicas para nunca mais desperdiçar comida.

 

Excessos

Se você acha que não dá conta de tudo que cozinhou, não coloque no prato, ou as sobras vão parar no lixo. É melhor fazer duas viagens à panela do que uma à lixeira. O que sobrar do jantar de hoje pode virar almoço amanhã. Não tenha vergonha de usar marmita. Um executivo atarefado terá a desculpa de não ter tempo para o almoço. Assim, saladas de macarrão ou sanduíches de frango ou carne podem ser providenciais em um dia agitado de trabalho. Você ainda faz uma média com o chefe, dizendo que trabalha muito.

 

Custos

Você pode literalmente cortar os seus custos. Se só precisa de meio mamão ou uma posta de peixe, a maioria dos mercados pode conseguir isso para você. Sim, duas metades de uma fruta já cortada são mais caras do que uma fruta inteira, que você poderia cortar em casa. Acontece que dessa forma, você não perde a outra metade (ou seja, não joga dinheiro no lixo).

Outra ideia é fazer compras em armazéns a granel. Lá, você pode comprar seus temperos e grãos na quantidade que precisa e não vai desperdiçar, jogando fora as sobras meses depois. Existem muitas lojas que fazem esse tipo de comércio, ainda. O mesmo vale para aqueles potinhos de saladas prontas. É melhor do que comprar várias folhas diferentes para fazer uma salada e desperdiçar a metade de cada feixe.

Também é fundamental fazer uma lista de compras. Leve em consideração que coisas você já tem na sua despensa e na geladeira. Seus custos serão bem menores.

 

Organização

Comprar não é tudo. Você também precisa saber se organizar. Certifique-se de guardar as coisas nas prateleiras (da despensa e da geladeira) por ordem de validade. As mais próximas de expirar devem ficar na frente. Lembre-se também de manter um olho atento para saber se o item deve ir para a despensa, a geladeira ou o congelador. Algumas frutas e legumes congelam muito bem e pode ser que você não precise deles tão cedo.

 

Reaproveite

Essa dica de congelar é especialmente válida para aqueles legumes e frutas da estação. Em geral, tem uma cara linda e é uma pena desperdiçar. Congele e faça uma vitamina ou asse no forno, mais tarde. Aliás, vitaminas são bons para tudo: de verduras a frutas, passando pelos legumes. Experimente misturar laranja com cenoura, por exemplo. Você e sua saúde vão sair ganhando.

Outras sobras, como pedaços e ossos de frango, restos de legumes e coisas assim podem facilmente virar um caldo. Fazer seu caldo em casa é uma ótima ideia. É mais barato e mais gostoso do que comprar pronto e você pode congelar por meses. Quando quiser uma sopa (o inverno está chegando) é só descongelar.

Finalmente, não deixe perder seu ingrediente saboroso. Faça bom proveito do que você tem aí na cozinha.

Essas dicas vêm bem a calhar, numa época em que o preço do tomate está nas alturas!

Fonte: http://www.comercompedro.com/